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Saudades da Cartinha…. – Comunicação & Marketing Social

Saudades da Cartinha….

O e-mail perdeu o prestígio!

Se o e-mail fosse hoje uma empresa, uma marca ou um produto, possivelmente seria agora alvo de reflexões, análise e revisões. Afinal, a proposta da prestação de serviço originada há cinco décadas, fantástica por sinal, perdeu o seu maior valor – a credibilidade!

Pior! O e-mail se transformou, em determinados momentos, a porta de entrada para as indesejadas ameaças, tentativas de fraudes, entre outros desconfortos que chegam repentinamente nas diversas telas digitais ao nosso redor.

O correio eletrônico ganhou notoriedade nos últimos vinte anos e vem sendo utilizado por bilhões de usuários em todo o mundo. O canal, criado originalmente para transmissão instantânea de mensagens, logo em seguida foi utilizado para fins comerciais, publicitários e muitas outras finalidades, distanciando-se da proposta original. Assim surgiram também os oportunistas, os irresponsáveis, os mal-intencionados que fazem da vulnerabilidade que disciplina o correio eletrônico a verdadeira porta de entrada para íntimos ambientes dos usuários.

Além do risco, a quantidade indistinta de mensagens comerciais, condenam, e de forma crescente, o formato revolucionário da prestação de serviço proporcionada pela web nos dias atuais.

No meu caso, assim como, provavelmente, no caso de muitos leitores, a relação custo/benefício para a utilização do correio eletrônico, no momento, é extremamente negativa.

O tempo dispensado para o conhecimento das mensagens, via e-mail, raramente é compensado pela qualidade das informações. O panorama é mais acentuado se comparado ao próprio conceito que o correio eletrônico sugere ao meu respeito.

Apenas para citar algumas situações, entende o e-mail que eu preciso de infinitos créditos financeiros, por exemplo, pois sou o destinatário das mais variadas e frequentes ofertas de dinheiro. De fato, não está ele totalmente enganado, mas a necessidade não é intensamente proporcional a quantidade de mensagens recebidas!

Entende também o e-mail, que eu sou o grande investidor em imóveis, mesmo agora contando os centavos da minha limitada aposentadoria. Imagina ele também, que eu faço parte do imenso grupo de inadimplentes, se considerado as constantes ameaças, supostamente enviadas por falsos cartórios de protesto. Interessante que o e-mail me considera também, alguém totalmente desprovido das informações básicas da plataforma digital em função das sugestões de cliques em áreas nebulosas para ter acesso aos detalhes dos supostos débitos!

Supõe também o e-mail que sou o grande apreciador de finos vinhos, elaborados por caríssimas e selecionadas uvas, embora, nesse caso, sou obrigado reconhecer a tristeza na impossibilidade do consumo. Tento me satisfazer com o bom paladar chileno para neutralizar as frustrações.

Não sou também, o grande consumidor das interessantes e exclusivas ofertas de “as seen on TV”; dos aplicativos para gravação de conversas telefônicas; das cargas rápidas de baterias; dos pen-drives poderosos; dos acessórios para espionagem; das câmeras para gravação a distância.

Entende também o e-mail que eu sou o exímio atleta turístico internacional, apreciador das ofertas especiais para hospedagens em conceituados hotéis internacionais e fiel consumidor das empresas aéreas sofisticadas, dos voos especiais, sem escalas, nos confortáveis acentos das classes nobres.

Essas são algumas das categorias de produtos e ofertas que invadem indistinta e constantemente a minha caixa postal eletrônica, exigindo um tempo, nem sempre disponível para tanta leitura desnecessária, frustrante, cômica e até, intrigante!

Desesperador ainda, são as mensagens que tentam retratar o meu eu fragilizado, sem a menor consideração dos esforços dispensados aos meus exercícios físicos diários ou dos investimentos que sou obrigado a realizar frequentemente em farmácias.

Mensagens sobre planos médicos, odontológicos, títulos hospitalares, laboratoriais, vitaminas rejuvenescedoras, cápsulas especiais para mal hálito, preparados especiais contra micose e odores desagradáveis para unhas e pés, cremes para eliminar rugas ou dobras indesejadas na pele, entre outros produtos revolucionários, insistem em me lembrar que são um pouco mais de seis, as décadas vividas até agora!

Mas, a grande surpresa é a descoberta, nua e crua, revelada pelos e-mails que propõem soluções para o desempenho, desenvolvimento e até aumento de órgãos do corpo!

São mensagens curiosas que me levam, de imediato, a uma séria e triste reflexão: como descobriram?

Ah se tivesse recebido essas mensagens na minha adolescência!