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“Bodas de Ouro” em dose dupla! – Comunicação & Marketing Social

“Bodas de Ouro” em dose dupla!

Todos vivem seus anos dourados!

A fase contempla momentos de felicidade, de prosperidade, de realizações, descobertas, surpresas, entre outras agradáveis situações da vida humana.

Em geral, os ricos, saudosos e memoráveis anos, são vividos mais intensamente no período de transição, da fase da adolescência para a fase adulta, momentos ainda distantes das cruéis cobranças, dos árduos compromissos, das naturais responsabilidades evidenciadas em ambientes, como familiar, profissional, social e outros.

No meu caso, posso afirmar que os anos dourados foram realmente especiais e invadiram etapas de vida e momentos do meu desenvolvimento geral. Aperfeiçoaram processos de maturidade crescentes e envolveram uma série de transformações, físicas, emocionais, cognitivas e sociais.

Com certeza, os quatro anos que estive a frente do Grupo de Mídia de São Paulo enriqueceram a fase dourada da minha vida.

Ao assumir a presidência, não era eu, exatamente, um jovem.

Comemorava já três décadas de atividades na publicidade, exercia a direção executiva da McCann-Erickson, casa em que atuei, com muito orgulho, por 32 anos consecutivos.

A agência, vivia intensamente marcantes inovações também em mídia impostas por alterações diante do surgimento de um novo padrão de consumo. Evidenciávamos um novo comportamento do consumidor sugerido por novos hábitos, atividades e atitudes.

O reflexo da revolução tecnológica, iniciada anos atrás, sinalizava já o quão diferente seria o comportamento da sociedade em todo o mundo.

Os clientes internacionais que integravam o sistema de comunicação da McCann exigiam no Brasil a reprodução de padrões globais também no planejamento de mídia.

As exigências provocaram internamente grandes discussões, inevitáveis reflexões, revisões de conduta e reciclagens.

A partir daí nossas estratégias começaram a ganhar contornos técnicos mais envolventes, inusitadas e até intrigantes.

Alguns dos nossos planos de mídia confundiam-se com verdadeiras estratégias de comunicação, diante da visão holística empregada na operação. Outros eram conceituados como envolventes e ousadas propostas de marketing.

Sem querer, reforçávamos ainda mais, a tese defendida no mercado brasileiro sobre a importância da integração da mídia com as demais áreas da agência, contrariando o movimento mundial representado pela criação de empresas independentes de mídia.

A necessidade de produzir planos estratégicos integrados as multiplataformas, materializado pelo uso do texto conectado ao áudio, ao movimento, assim como a consideração das surpreendentes possibilidades digitais, já não eram mais exigências apenas dos clientes globais e sim, dos próprios consumidores.

Determinados estudos, investigações e pesquisas proprietárias já comprovavam que os padrões tradicionais de mídia pouco contribuíam para a eficácia do processo da comunicação, além do comprometimento dos índices de rentabilidade, movimento contrário ao da otimização, almejado e auditado por todos.

O conceito da comunicação integrada demonstrava também a sua eficácia.

Com isso, os profissionais de mídia, pelo menos os da McCann, não conseguiam mais consolidar estratégias sem o profundo conhecimento e a efetiva participação do planejamento estratégico da marca. Ou a interação com a plataforma criativa e todas demais disciplinas da comunicação e do marketing.

A percepção da impossibilidade do desenvolvimento de um plano de mídia, sem o conhecimento e a participação da construção do calendário promocional da marca, por exemplo, era evidente. O mesmo verificava-se também em relação as demais atividades, como ações no ponto de venda, eventuais reformulações em embalagens, planejamento para ações de relações públicas, assessoria de imprensa, treinamentos em equipes de venda, demonstradores, atividades de endomarketing, entre outras.

As informações que testemunhávamos eram surpreendentes.

A fragmentação da mídia, o indivíduo – consumidor como provedor de conteúdo, a socialização da mídia, o compartilhamento da informação, o acesso substituindo a exposição, o aparecimento e invenção de novos canais, o conteúdo produzido pela marca, empresas de tecnologias e operadoras de telefonia aproximando-se do ambiente da mídia e da comunicação e muitos outros impactantes lances, destacavam ainda mais nossa atenção e comportamento profissional.

Embora a maioria das informações distanciavam-se da realidade brasileira, era evidente a transformação instaurada no mundo da comunicação e o quanto reposicionaria, não apenas a mídia, mas o próprio marketing.

Bem, a missão que me foi confiada para assumir a presidência do Grupo de Mídia pelos meus pares, liderada pelo saudoso Daniel Barbará, convenhamos, não era simples.

Sem ser pretensioso, mas com a pretensão da correção que sempre disciplinou o meu caminho, traçamos objetivos, elaboramos planejamento, montamos equipes e, compactuados com a proposta de disseminar o novo editorial profissional, aceitei, aceitamos o desafio.

Foram necessárias duas gestões consecutivas para consolidar mudanças, propor reflexões, revisões estatutárias, reformulações administrativas, criação de novas diretorias, novas comissões, culminando com o próprio processo de rejuvenescimento do Grupo de Mídia.

Esse era o meu compromisso, a necessidade, a missão e, em abril de 2006, o processo foi iniciado.

O GM foi aos Estados Unidos, foi ao Japão, cumpriu fielmente o calendário de viagens internacionais instituído anos atrás e em execução nos dias atuais. Aperfeiçoou o intercâmbio internacional entre os profissionais, foi recebido pelo amigo e companheiro Ira Carlim na McCann em NY, destacado diretor de mídia do Grupo Interpublic. O GM visitou diversos grupos internacionais de comunicação, centros inovadores de pesquisa, centros inusitados de produção de conteúdo, entre outras importantes e inusitadas atividades que já contribuíam para o sucesso das atividades publicitárias no cenário internacional.

Esforços foram concentrados, energia potencializada, disposição imensa e trabalho intenso. Tudo para materializar o desejo do fiel cumprimento da missão que me foi confiada.

O meu empenho, a minha determinação pessoal ia além.

Minha proposta paralela era disseminar a percepção e a necessidade do conhecimento, ao menos, da prática, do ritmo profissional que eu vivia na agência em que atuava.

Em 2010, ao celebrar o final e o início da gestão liderada pelo amigo, contemporâneo e competente profissional, Luiz Fernando Vieira, recordes foram contabilizados: a consolidação da biblioteca do Grupo de Mídia, contemplando inusitadas publicações, entre elas, Midialização – O poder da Mídia, de minha autoria; a maior quantidade de Leões, até então conquistados pelos profissionais de mídia em Cannes, festival em que tive a oportunidade de participar como jurado em duas edições; a realização de cursos avançados e treinamentos técnicos especializados para todo o mercado; realização de eventos para discussão da lei “Cidade Limpa” com a presença do próprio prefeito da cidade de São Paulo; a criação da comissão de inovação, responsável pela introdução de mecanismos inspiradores para os profissionais; a criação de padrões técnicos e efetivos para introdução do “código de ética” e “capacitação do profissional de mídia”, determinações sugeridas, aceitas e aprovadas no IV Congresso Brasileiro de Publicidade em 2008; a realização de ações motivadoras para a criação, desenvolvimento e integração com os Grupos de Mídia de outros estados brasileiros; a execução de campanhas vitoriosas para captação de novos sócios para o GM; a realização de inéditas palestras com profissionais de diferentes áreas, cumprindo a programação do “Media Conexion”; a realização de atividades sociais, como o “Mídia’s Cup”, incentivando a maior integração entre os associados, entre outras importantes, marcantes e saudosas atividades que, juntamente com todos os demais e especiais integrantes da nossa diretoria, foram realizadas.

Os esforços, as realizações, o sentimento do dever cumprido é grande, mas, com certeza, não é maior do que as realizações, a dedicação, as contribuições dos profissionais que lideraram, que lideram e que irão liderar a entidade.

Ao comemorar agora os 50 anos do Grupo de Mídia e associá-los as suas realizações, fica evidente as significativas contribuições prestadas a todo o mercado, dignificando ainda mais, a própria história da publicidade brasileira.

Os esforços, as realizações, enfim, a dedicação foi grande, mas, certamente, não é maior do que as contribuições dos profissionais que antecederam e sucederam minha gestão. Afinal, a concepção do Grupo de Mídia, o planejamento e a sua construção foram exercidas por hábeis, talentosos, capazes e idolatrados profissionais, que com muita intensidade, tem beneficiado a todos envolvidos com a atividade de mídia.

Se os meus anos dourados, vividos na linha de frente na minha profissão terminaram, a satisfação que sinto agora é imensa. Tenho muito o orgulho da profissão que abracei há 50 anos. Curiosamente, os mesmos 50 anos que agora o Grupo de Mídia festeja!

Fico feliz com a comemoração de nossas “bodas de ouro”.

Angelo Franzão